Quanto mais natural a alimentação que se recebe em casa, melhor para a saúde e para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e oleaginosas é fundamental para combater a obesidade, problemas do coração, e, até mesmo, problemas psicológicos, como a depressão. Assim, nada de comer muitos industrializados no dia a dia, como refrigerantes, doces açucarados, biscoitos recheados, etc.

Os médicos pediatras recomendam que se evite fornecer açúcar para os pequenos na primeira infância; isso quer dizer que, até os 2 anos de idade, a criança não precisa ingerir nenhum tipo de alimento acrescido de açúcar, incluindo sucos, nem se recomenda a substituição por mel, mesmo que seja um adoçante natural. Estes alimentos podem ser substituídos por outros que já contenham açúcar em sua composição, como a banana, a maçã, as uvas, além de alguns legumes, como cenoura, batata-doce e beterraba. Quanto mais tardia for a introdução da criança ao açúcar refinado, melhor para a saúde dela.

Os prejuízos do açúcar na saúde das crianças

A glicose é a base nutricional da maioria dos carboidratos, todavia não se deve encarar todo açúcar como um inimigo, visto que ele é responsável por fornecer energia para o corpo e cérebro. O cérebro necessita de cerca de 20% de toda a energia do corpo humano para desempenhar as suas funções, isso quer dizer que boa parte dos nutrientes glicosados que se consome serve para alimentar os neurônios e fortalecer as sinapses. O que faz mal é o excesso de açúcar consumido, principalmente daquelas fontes processadas industrialmente, que é o caso do açúcar refinado.

Segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Nova York, pela professora nutricionista Lina Begdache, consumir muito açúcar pode ser prejudicial ao crescimento normal das crianças, bem como estar diretamente associado com distúrbios psicológicos, como ansiedade, depressão e dificuldade para dormir. Isso porque uma dieta de baixa qualidade, rica em açúcar processado, pode desestabilizar o desenvolvimento cerebral, retardando as transmissões químicas que favorecem o aprendizado e a memória, além de alterar comportamentos e emoções. E isso pode se estender por toda a fase adulta, aumentando os riscos de doenças crônicas, como a obesidade e o câncer.

Ainda, outro problema comum do consumo excessivo de doces é o aparecimento de cáries e placas nos dentes das crianças. Assim, é necessário que pais e responsáveis ensinem as crianças a cuidarem dos dentes desde cedo, além de consultar regularmente um dentista, profissional formado em uma faculdade de odontologia, para verificar como está a saúde bucal.

Cuidar da alimentação dos pequenos desde a primeira infância só traz benefícios, desde o desenvolvimento cerebral até a regulação das emoções e futuras doenças crônicas. Mas é certo que nem sempre se consegue impedir que as crianças (maiores de 3 anos) consumam algum produto industrializado. Assim, que tal ajudar nessa tarefa trocando um refrigerante ou suco de caixinha por um suco natural ou integral? E aquele sorvete feito em casa com iogurte natural e frutas congeladas? Existem várias alternativas para proteger e cuidar do desenvolvimento dos pequenos por meio da alimentação. Basta usar a criatividade!

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