Dados da Mobilis, startup de gestão de finanças pessoais, indicam que gastos com serviços de entrega cresceram 187% no Brasil em 2020. Para Renato Almeida, CEO da Consumer, a demanda pelo software de gestão da empresa aumentou cerca de 150% no último ano, com cada vez mais empreendedores aliando o físico ao digital. “Nunca foi tão necessário oferecer soluções inteligentes em termos de gestão aos empreendedores“, afirma. O site e app de delivery desenvolvido pela empresa, MenuDino, acompanhou o crescimento das vendas: mais 400% no mesmo período.
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E quando falamos de entrega de comida são muitos fatores que devem ser levados em consideração para realizar um serviço de qualidade, como logística, estética do prato e temperatura do alimento. “É inadmissível pedir sushi, por exemplo, e receber os itens todos revirados por conta de uma entrega mal feita. Tudo deve ser pensado para garantir o melhor serviço ao cliente“, comenta Almeida.
Para isso, o empresário separou cinco dicas práticas e fáceis de serem implementadas no negócio para ter mais eficiência ao longo dos processos internos, de comunicação e entrega dos produtos. Confira!
Dicas para aumentar as vendas
1 – Sistema de gestão moderno e eficiente
Toda empresa do ramo alimentício precisa de um bom sistema de gestão para receber os pedidos, passar para a cozinha e, finalmente, dar as instruções aos entregadores. Qualquer ruído de comunicação durante esse processo pode resultar em problemas como encaminhar o pedido errado para entrega ou entregar algo completamente diferente do que o cliente encomendou. “Esse é um risco que não podemos correr“, afirma Almeida.
Dados do Relatório Varejo 2021: o que quer o consumidor brasileiro realizado pela empresa de pagamentos Adyen indicam que 90% dos consumidores não retornam se tiverem vivido uma má experiência na loja física ou online, isto é, a empresa possui apenas uma chance para oferecer um serviço de qualidade.
Para garantir que tudo seja feito da melhor maneira possível, softwares de gestão permitem um maior controle do estoque, algo fundamental em qualquer restaurante, além do acompanhamento de responsabilidades administrativas como pagamento de funcionários e fornecedores, por exemplo.
2 – Canais de venda integrados
É essencial estar presente nas principais mídias sociais utilizadas pelos clientes da empresa para que os pedidos possam ser realizados de qualquer plataforma.
“Os consumidores querem facilidade na hora de realizar qualquer compra, e quando falamos de comida essa necessidade fica ainda mais evidente“, diz Almeida. “Imagine que você está no Instagram de um restaurante, a foto de uma macarronada chama sua atenção e você resolve pedir para entrega, mas o pedido só pode ser realizado no site. Temos aí uma grande chance de o cliente não ir para a página sugerida e, ainda, perder o interesse pelo restaurante“.
Isso significa que o consumidor não quer ser direcionado para outra página para poder realizar o pedido: o ideal é que a empresa forneça um link de compra em todos os canais de vendas para que o processo seja rápido, prático e intuitivo.
Seguindo essa lógica, uma tendência de mercado que cresceu com a pandemia foi o unified commerce (comércio unificado, em português), ferramenta que centraliza os pagamentos de todos os canais de venda em um só sistema, permitindo que a empresa tenha mais agilidade e eficiência operacional na conversão das vendas.
3 – Comunicação direta com os clientes
A lógica dos canais de venda também vale para a comunicação e o relacionamento com os clientes: o engajamento é o primeiro passo para conhecer melhor seu público-alvo, entender suas necessidades e, consequentemente, desenvolver as melhores estratégias para resolver os problemas.
Se as demandas de comunicação forem muito grandes o recomendado é contratar um social mídia, profissional responsável pelas mídias sociais da empresa. “O que não pode é deixar de conversar com o público!“, alerta Almeida.
4 – Eficiência na entrega
Receber o produto no menor tempo possível e com alta qualidade é cada vez mais importante em qualquer segmento. Para quem trabalha com alimentação o desafio é ainda maior já que é necessário casar pedidos, produção e entrega para que tudo ocorra conforme o planejado.
Estar próximo geograficamente dos consumidores também é um fator a ser levado em consideração – quanto mais próximo, mais rápida é a entrega -, mas isso não significa que clientes mais distantes estejam mais suscetíveis a receber o pedido com atraso!
“Se o consumidor está mais distante, então o tempo de entrega deve ser adaptado para a região em questão. Não há problemas desde que o produto seja entregue no tempo estimado com a mesma qualidade se fosse consumido presencialmente“.
5 – Acerte o timing do pós-venda
Pedido entregue conforme o esperado, venda finalizada, certo? Errado! Uma etapa importante para o segmento de alimentação é o pós-venda, isto é, garantir que o cliente efetue uma nova compra – de preferência em um curto espaço de tempo.
Para Renato Almeida, as estratégias do pós-venda são mais simples do que se imagina: “Uma mensagem com o nome do cliente agradecendo pela compra pode fazer toda diferença!“.
Além de ações pontuais logo no momento da entrega do pedido, o pós-venda também pode acontecer quando o consumidor está menos esperando. “Mandar uma mensagem para o cliente dizendo que seu prato favorito está em promoção e com frete grátis pelas próximas duas horas é uma das principais estratégias para converter a venda“, afirma o CEO.
Sobre a Consumer
A Consumer é uma empresa de São José do Rio Preto, responsável pela criação do sistema “Programa Consumer”, cujo foco é voltado exclusivamente a bares e restaurantes, pizzarias e lanchonetes. Com 10 anos de desenvolvimento, o sistema possui mais de 100 mil instalações no Brasil e é uma das soluções com maior número de integrações ao iFood.
Foto Destaque: Shutterstock/Banco de imagens
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