O palmito é um alimento versátil, suculento e saboroso que está nos mais diversos pratos do cotidiano brasileiro. O Brasil, inclusive, é um dos maiores produtores e consumidores de palmito no mundo. É também, hoje, o maior exportador mundial do produto, responsável por cerca de 95% do consumo mundial.

A iguaria ganha destaque por ser rica em nutrientes como vitamina A, C e complexo B. Além disso, é fonte de minerais como zinco, potássio e sódio. Por todas as propriedades citadas, o palmito ajuda no desenvolvimento do organismo, favorece o sono e contribui para a prevenção de doenças.

Levemente ácido, de cor branca e textura macia, o alimento é retirado do miolo das palmeiras. Os mais comumente encontrados para consumo são juçara, açaí e pupunha, que se diferenciam em sabor e textura. Descubra aqui as variações e qual a combinação perfeita para cada um deles.

O palmito juçara é o mais vistoso e carnudo. No entanto, devido à extração ilegal, é uma espécie ameaçada de extinção. Além disso, a palmeira morre ao ser cortada, não podendo ser reaproveitada, e apresenta um crescimento lento, que leva de dez a 12 anos para alcançar a fase adulta. Os frutos maduros servem para fazer sucos e mingaus. Outra maneira de ser aproveitado seria junto com tomate, azeitona, ervilha, salsinha e requeijão cremoso, fazendo uma combinação perfeita para um recheio de torta salgada fofinha.

Enquanto o palmito açaí é o principal tipo produzido no Brasil, possui qualidade comparável ao juçara, mas é mais fibroso e de sabor mais intenso. Além disso, sua extração causa menos impacto ao meio ambiente, pois acontece de forma alternada entre as árvores. Ele pode ser utilizado em uma simples, mas saborosa, farofa de banana. Para essa receita, é necessário juntar em uma panela ovo, salame, palmito e farinha temperada e deixar no fogo até o ovo estar totalmente cozido, sempre mexendo. Por último, acrescentar a banana, juntar uma colher de azeite e retirar.

Além desses, uma excelente alternativa para os palmitos tradicionais, por ser mais econômico, sustentável e ecológico, é o palmito pupunha. Ele também tem sabor suave, miolo fibroso e um tamanho maior quando comparado aos demais. Normalmente, não escurece, e, como resultado, pode ser utilizado em receitas em que será servido cru. Uma opção que pode ser feita utilizando o palmito pupunha é na salada. Para isso, basta cortar os palmitos em fatias grossas. Em seguida, colocá-lo em uma panela com água, vinagre e sal e deixar cozinhar por dez minutos, até que fique macio. Depois de escorrer e deixar esfriar, regar com azeite, limão, cebola, alho, orégano, pimenta, salsinha e está pronto para servir.

Mas, independentemente da espécie escolhida, para melhor preservação do alimento após levá-lo para casa, devem ser tomados alguns cuidados. O palmito fresco in natura costuma estragar rapidamente quando deixado na temperatura ambiente. Portanto, deve permanecer em refrigeração, dentro de uma geladeira frost free ou de algum recipiente capaz de manter a temperatura mais baixa até o seu consumo. Na geladeira, o palmito fresco pode durar até duas semanas.

No caso do palmito em conserva ainda fechado, pode ser mantido em local arejado e escuro – nesse estado, costuma durar até quatro anos sem ficar ruim. Após aberto, precisa obrigatoriamente ser mantido na geladeira e consumido em até uma semana.

Para identificar se o produto está próprio para consumo antes de ingerir, é importante verificar o aspecto e o cheiro do palmito. Caso seja identificado um aroma ruim ou mofo, ele não pode ser consumido, pois pode ser um perigo para a saúde.

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