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Alimentos industrializados: inimigos para a saúde?

por | jul 1, 2018 | Colunistas, Dietéticas, Técnicas

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Com a correria do dia a dia, é difícil não fazer uso de produtos industrializados. Mas apesar das facilidades, é preciso cautela ao comprá-los e consumi-los.

O passo número um é ler os rótulos. A partir dele obtemos várias informações importantes sobre o produto que ajudam muito no momento de escolher o melhor.


Mas o que devemos olhar? Vamos aprender a ler os rótulos?

1) Validade do Produto: Caso o mesmo esteja fora do prazo de validade, descarte-o (se for em algum estabelecimento, informar o gerente para procedimento de descarte e retirada das gôndolas);

2) Ingredientes: A relação é feita do ingrediente de maior quantidade para o menor. Por isso atenção a produtos como o achocolatado que vem como primeiro ingrediente açúcar e depois cacau.

3) Informação Nutricional:

3.1 – Porção: Quantidade que foi estipulada para determinação das quantidades dos nutrientes descrita na informação do produto.

3.2 – Percentual de Valor Diário (%VD): Indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta padrão de 2000 calorias;

3.3 -Valor Energético: É a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais. No rótulo o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ);

3.4 – Carboidratos: São os componentes cuja principal função é fornecer a energia para as células do corpo. Aqui devemos ficar atentos quando as quantidades de açúcares forem elevadas por porção. Mais uma vez podemos destacar o achocolatado, dos quais das 17gr de carboidrato da porção, 16gr são açúcares (dados do fabricante).

3.5 – Proteínas: Componentes necessários para construção e manutenção dos órgãos, tecidos e células;

3.6 – Gorduras Totais: As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto de origem vegetal.

3.7 – Gorduras Saturadas: Tipo de gordura presente em alimentos principalmente de origem animal. O seu consumo deve ser moderado, pois em excesso ela se acumula nas paredes das nossas artérias aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

3.8 – Gordura Trans: É um óleo modificado em laboratório para ficar na consistência de gordura e age da mesma forma no nosso organismo (em grandes quantidades se deposita no nosso organismo).

3.9 – Fibras: São carboidratos não digeríveis e não absorvíveis que tem associação com aumento da motilidade intestina, aumento do bolo fecal, diminuição do colesterol ruim, sensação de saciedade, e promove a liberação gradual de glicose para a corrente sanguínea.

3.10 – Sódio: Deve ser consumido com moderação uma vez que o seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial. Atenção aos temperos prontos, salgadinhos e produtos em conserva. A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza o consumo de 5gr de sal ou menos por dia, contando o sal de adição mais o sal que os alimentos já contem (sódio). Ou seja, 2gr de sódio/dia.

Outros itens que devemos ficar atentos nas embalagens é a sua descrição:

1) Alimentos Light: Alimentos com redução de, no mínimo, 25% de algum nutriente. Pode ser açúcares, sódio, gorduras. Muito importante nesse momento é verificar qual a finalidade do consumo.

2) Alimentos Zero: São alimentos zero em algum nutriente, geralmente açúcares ou gorduras. Mas não se deixe enganar, pois geralmente outro nutriente pode estar em excesso como as gorduras saturadas ou o sódio e não ser benéfico.

3) Alimentos Diet: São alimentos ligados a alguma função dietética, exemplo: alimentos sem açúcares, que são destinados aos diabéticos.

4) Alimentos Integrais: São alimentos que contêm grãos ou cereais, como aveia, trigo ou centeio, e não passaram por um processo de refinamento. Olhe sempre com atenção a lista de ingredientes. Nesse caso o ideal é que a farinha integral ou os cereais estejam entre os primeiros itens. Procure itens com fibras acima de 3gr por porção, que são mais interessantes.

5) Enriquecido com: A expressão aparece em todos os produtos que recebem a adição de nutrientes. Esse reforço pode ocorrer tanto para repor o que foi perdido durante o processamento do alimento, quanto para reforçar o seu valor nutricional. Atenção, pois a maioria desses produtos são de alto valor enérgico e pobre em nutrientes, como bolachas (rico em açúcares e gorduras) e salgadinhos (rico em sódio, gorduras).

6) Transgênicos: Um “t” na embalagem indica que o mesmo foi modificado geneticamente com o objetivo de aumentar sua qualidade e evitar perdas na lavoura. Ainda não se sabe se eles futuramente irão causar danos ao nosso organismo ou não, mas é importante que o consumidor tenha a ciência que o mesmo foi modificado em laboratório.

 

Muito usual, as pessoas acabam por dar maior ênfase somente às calorias dos alimentos, mas por trás das calorias, existem muitos nutrientes escondidos e fazem toda a diferença no momento do seu consumo. Então na hora de consumir um produto industrializado sempre leia os rótulos e procure alimentos com baixo teor de açúcares, sódio, gorduras saturadas e trans e com alto teor de fibras. E lembre-se: os alimentos in natura e caseiros são sempre as melhores escolhas, somente faça uso dos industrializados quando não for possível consumi-los.

Sigam as nossas dicas e até a próxima.


Danielle Ikematsu

DANIELLE IKEMATSU

Nutricionista Clínica pela UNIFESP. Consultório Principal: R. Artur de Azevedo, 1212 – Pinheiros – São Paulo/SP. Fone: (11) 97235-9307. E-mail: [email protected].

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