Felizmente e infelizmente está cada vez mais visível o “lado negro e escondido” do que acontece nos bastidores de uma cozinha. E muito do que é descrito possui de muita verdade, sim! Felizmente, porque os consumidores estão cada vez mais cientes dos desafios do ramo gastronômico e, consequentemente, o valorizam mais. Fato que gera um preço justo na compra do serviço prestado. Infelizmente, pois no Brasil – assim como no mundo inteiro também – sempre há os corrompidos e os que corrompem quaisquer princípios de ética de conduta perante processos e procedimentos gerais na produção de alimentos. Isto, incluso desde o recebimento de mercadorias e matérias-primas até a finalização de pratos e descartes de resíduos. Entre outros mais.

Isto é bom porque abre oportunidades para empreendedores comprometidos com a seriedade profissional possam desenvolver as atividades do ramo de alimentos e bebidas (A&B) de forma capacitada e segura. Conceitos estes que garantem a segurança alimentar do consumidor e, conjuntamente, superam a maioria – se não todas – as expectativas do cliente.

Adjunto a isto, importante é frisar que mais do que fazer correto é necessário ter disposição e paixão pelo que se faz, pois assim o “inferno” de ambiente de cozinha (como é notório para muitos através de leituras como BOURDAIN, Antony. Cozinha Confidencial) se torna um caminho traçado em curvilíneas desafiadoras para que, nós profissionais da área, cheguemos ao “céu” da satisfação de um trabalho realizado com dignidade e excelência quando reconhecido pelos clientes e/ou consumidores.

DAVI FURIGO DE MELO

Chef e professor. Graduado em Gastronomia no Senac Águas de São Pedro. Proprietário da Paladares, em Campinas/SP.