A alimentação possui uma estreita relação com a ansiedade. Isso porque, muitas vezes, é vista pelas pessoas como uma forma de controlar as emoções. O que acaba refletindo na quantidade e frequência das refeições ao longo do dia. Afinal, tudo o que comemos afeta, direta ou indiretamente, o funcionamento do cérebro.

Nesse sentido, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 18,6 milhões de brasileiros no mundo sofrem com ansiedade, o equivale a quase 10% da população.

De acordo com a Dra. Ellen Oliveira, nutricionista da clínica High Five Health, situada em Sorocaba, o sentimento influencia até a escolha dos alimentos. Pois, na busca pelo sentimento de prazer, a pessoa pode optar por refeições com carga energética. Ou seja, mais calórica, que são os alimentos ricos em açúcar e gordura. Assim, a atitude pode levar ao ganho de peso.

Além disso, a profissional ressalta que a ansiedade faz com que a pessoa tenha um desequilíbrio do neurotransmissor serotonina, que atua no cérebro, gera a sensação de bem-estar, regula o humor e a sensação de fome.

“Ela utiliza da refeição como um mecanismo de escape das situações vividas”, explica a especialista.

No entanto, há fatores que ajudam a controlar a ansiedade. No que diz respeito à saúde, não é segredo que a atividade física tem mil e uma utilidades. Por isso, além de ter uma rotina saudável de refeições, para a nutricionista os treinos são primordiais.

Evitar excesso de cafeína e açúcar

O hábito de consumir um cafezinho ao acordar, ou até mesmo no período da tarde, é algo que faz parta da rotina de muitas pessoas. Para Dra. Ellen, não tem problema consumir a bebida, mas caso a pessoa esteja fazendo isso em grandes quantidades é importante reduzir aos poucos. Pois o café, assim como alimentos açucarados, ou até mesmo o álcool, pode contribuir para outros sintomas relacionados ao estresse.

Dra. Ellen Oliveira – Crédito: Divulgação/High Five Health

Alimentos que podem ajudar

Conforme informações da nutricionista, alguns alimentos ricos em triptofano (aminoácido responsável pela liberação de serotonina) ajudam a produzir mais serotonina e diminuir a ansiedade. São eles: banana, carnes e peixes, leite e derivados magros, oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas, entre outras) e feijões.

“O chocolate amargo também é uma boa fonte, podendo ser incluído em uma rotina alimentar saudável”, orienta a Dra. Ellen.

Além disso, cereais integrais proporcionam mais energia, e frutas cítricas ajudam na redução do cortisol (hormônio do estresse). Entretanto, a profissional diz que manter uma alimentação saudável é muito importante, mas não é o suficiente. Então, é necessário unir a prática de atividade física e um estilo de vida equilibrado com constância.

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