Com técnicas próprias e certas exigências, o churrasco americano tem caído no gosto dos brasileiros, principalmente pelos molhos e temperos que acompanham as carnes. Uma série de mecanismos, que envolve do preparo da carne a um assador experiente, está atrelada a um bom churrasco americano, conhecido no Brasil como Barbecue (BBQ).
Com mais de 10 anos trabalhando com BBQ, o assador pitmaster, Carlos Eduardo de Oliveira Mello, explica que há diferenças entre o churrasco brasileiro e o americano, principalmente na forma em que é preparado. “O brasileiro, ou seja, o tradicional, é feito diretamente na brasa, com fogo direto. Por sua vez, o americano diferencia, inclusive, nos equipamentos, que são fechados, com fogo longe da carne”, pontua destacando que o BBQ conta com um processo de cozimento lento e em baixa temperatura.
Assim, é possível reconhecer a diferença entre os churrascos. Carlos Eduardo ressalta que, para o churrasco defumado, pode-se usar qualquer tipo de carne, contudo é mais comum encontrar carnes da parte dianteira do boi, que são mais duras e saborosas. “No churrasco brasileiro, como o preparo é diretamente na brasa, é preciso usar peças mais macias, da parte traseira, como picanha e alcatra. Isso se deve à rapidez ao assar”, diferencia.
Ele chama a atenção, ainda, para o sabor, devido à lenha frutífera que é usada, e a cor da carne. “No defumado, cria-se o ‘bark’, uma crosta escura por fora da carne, que o churrasco brasileiro não tem, e o ‘smoke ring’, que é o anel de defumação que forma dentro da carne. É possível ver o meio claro e o anel mais rosado nas bordas”, afirma. Carlos Eduardo comenta, também, ser mais fácil de se encontrar no churrasco americano o ‘brisket’, uma das carnes com alto nível de dificuldade no preparo, por ser uma peça grande, o ‘pork ribs’, a famosa costelinha de porco, e o frango, que é feito com a sobrecoxa.
Foto Destaque: Banco de imagens
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