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Low FODMAP: a dieta alimentar que melhora os desconfortos intestinais

por | nov 4, 2019 | Áreas, Dietéticas, Nutrição, Técnicas

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Conviver com desconfortos intestinais, como cólicas, diarreia, constipação e gases, pode ser indício de sensibilidade a um grupo de alimentos composto por carboidratos de cadeia curta. Para sanar esses sintomas, entra em cena a dieta low FODMAP, que tem como objetivo restringir por um período os alimentos que dificultam a digestão.

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A nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvia Ribeiro Messalem, tira as 7 principais dúvidas sobre o protocolo. Confira abaixo:

1 – O que é a dieta low FODMAP?

“Low FODMAP” é um termo em inglês (Fermentable, Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides And Polyols) que usamos para dietas com restrição dos cinco tipos de carboidratos citados na sigla: monossacarídeos, dissacarídeos, fruto-oligossacarídeo, galacto-oligassacarídeo e polióis. Esses componentes são de cadeia curta, fermentativos e não digeridos pelo intestino delgado. Além de absorverem mais água para o meio intestinal, são rapidamente fermentados por bactérias, o que facilita o surgimento dos desconfortos intestinais.


2 – É indicada para qualquer pessoa ou somente para quem tem intolerância? Quem deve seguir?

O protocolo é indicado apenas a pacientes que tenham alguma indicação específica. Estudos apontam que a low FODMAP seja capaz de controlar os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII), além de outras alterações gastrointestinais.


3 – Quais sintomas indicam necessidade da dieta?

Os sintomas mais comuns são: flatulência (gases), má digestão, distensão abdominal, constipação ou diarreia, cólicas, Síndrome do Intestino Irritável (SII) e disbiose – desequilíbrio da microbiota intestinal.


4 – Quais são os benefícios dessa dieta?

O protocolo, que envolve a retirada dos alimentos ricos em FODMAPs, auxilia no desaparecimento dos sintomas de desconforto intestinal, quando a causa realmente é alimentar. Porém, se os sintomas persistem mesmo com a exclusão dos alimentos, a dieta deve ser interrompida.


5 – Os alimentos que serão excluídos por um tempo do cardápio do paciente causam desconforto em todo mundo? Como eles agem no organismo?

Nem todos indivíduos apresentam problemas com a fermentação desses carboidratos. Porém, alguns podem manifestar sensibilidade com leve desconforto, enquanto outros, podem vir a ter sintomas. No atual cenário, é muito mais comum do que se pode imaginar, atender pacientes que relatam tais sintomas e desconfortos. Quanto à exclusão dos alimentos, é importante ressaltar que é feita somente com os carboidratos que não são bem absorvidos e completamente digeridos pelo organismo. Como eles são fermentados por bactérias, acabam causando um supercrescimento desses micro-organismos e, consequentemente, ocasionando outros problemas, como os desconfortos intestinais.


6 – Neste período de restrição, há uma compensação com outros alimentos para manter a dieta saudável e equilibrada?

Todo protocolo deve ser montado por um nutricionista, que indicará uma dieta equilibrada, com outros carboidratos, fibras, minerais e vitaminas que não estão listadas no FODMAP. Com base nisso, o profissional tem como opção desenvolver receitas para o paciente com os alimentos permitidos, para que ele tenha várias opções disponíveis.


7 – Por quanto tempo deve ser executada essa dieta?

O protocolo deve ser seguido entre 6 a 8 semanas. Este período é o suficiente para que os sintomas desapareçam ou não, e após uma avaliação médica e nutricional, inicia-se a reintrodução dos alimentos de forma cautelosa, em pequenas quantidades e de forma isolada; com isso é possível identificar os grupos causadores do desconforto.


Alimentos considerados FODMAPs

Os monossacarídeos (frutose) podem ser encontrados, em sua forma natural, na maçã, pera, manga, aspargos e ervilha. Já em industrializados, nos alimentos com xarope de milho, xarope de frutose, como: mel artificial, biscoitos, refrigerantes e geleias.

Os dissacarídeos (lactose) estão presentes no leite de vaca, de cabra, ovelha, queijo ricota e cottage. Assim como em produtos prontos como sorvete, iogurte e outros que contenham leite. Já os fruto-oligossacarídeo (FOS), são encontrados na cebola, alho, trigo, centeio, beterraba, couve, entre outras frutas e legumes. Mas também em farinha de trigo, bolos, ketchup, maionese, carnes processadas como salsicha e presunto.

A lista continua com os galacto-oligossacarídeo (GOS), que está presente na lentilha, grão-de-bico, feijão, grãos integrais de soja e em produtos que contenham esses alimentos.

Por fim, os polióis estão na composição de frutas como pêssego, damasco, ameixa, abacate, e também em cogumelos, adoçantes com xilitol, manitol, sorbitol e produtos com glicerina.


Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos

Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano.

Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.


Serviço

Hospital Edmundo Vasconcelos
Endereço:
Rua Borges Lagoa, 1.450 – Vila Clementino – São Paulo
Telefone: (11) 5080-4000

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Foto: Banco de imagens

1 Comentário

  1. Gostaria de uma dieta para melhorar fezes moles. Tenho intestino solto e fezes mole.

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