Mãe de primeira, segunda, terceira viagem… Vejam essas dicas do que comer ou não, verdades ou mentiras que acabamos lendo por aí.

Fato é que quanto mais saudável e variada a alimentação da mãe, mais benefícios o bebê terá ao amamentar. Esse ato é mais do que dar ao bebê um alimento completo com efeitos protetores contra doenças, ele é biológico e social que cria um vínculo mãe-filho-família.

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Mas como deve ser a alimentação da mamãe na fase da amamentação?

Orientações usuais: fracionar as refeições respeitando as quantidades e optando por opções bacanas, priorizar frutas, legumes, verduras que são fontes de muitas vitaminas e minerais que passaram ao leite. Proteínas de boa qualidade como carnes e frango em cortes mais magros, queijos com menor teor de gordura, leite desnatado, peixe, ovos sempre dando preferência a preparações grelhadas, assadas, cozidas. Alimentos integrais por possuírem mais nutrientes e manter os níveis de controle de açúcar controlados. E o principal: HIDRATAÇÃO! Com as mamadas, a mãe tem uma maior necessidade hídrica, então agora mais do que nunca deixe aquele copo de água ao seu lado, principalmente no antes ou no momento da mamada.

Alimentos que normalmente nos dão gases, nesse momento vão dar gases e cólicas no bebe também. Pois lembre-se que o que a mãe comer terá reflexo em seu leite. Então mastigue lentamente e nesse momento lave o feijão, e deixe-o de molho em água de um dia para o outro trocando essa água do remolho por pelo menos 3 vezes. Na hora de cozinhar adicione louro e gengibre. O gengibre ajuda a diminuir os gases (sempre! então faça chás, adicione a sopas, caldos, carnes que fica delicioso. Para os vegetais que causam gases (brócolis, couve-flor, repolho, acelga, rabanete) antes de comer dê uma escaldada: ferva água e deixe o legume/verdura lá por uns 5 minutinhos e despreze a água. Depois faça a preparação como de costume.

Na fase da amamentação, alimentos estimulantes podem deixar o bebê mais irritado ou sem sono, então diminua o consumo de café, chás mate, verde e branco, chocolates e refrigerantes a base de cola. Se você é do tipo que não fica sem um café com leite ou uma xícara de café pela manhã, calma. Avalie o comportamento do bebe com o consumo em uma semana e fique outra sem. Procure ajuda de um profissional para manobras diferenciadas.

Peguei dois itens que sempre escutamos e deixei as minhas considerações aqui para vocês também:

– Leite fraco: MITO, não existe leite fraco.

O leite materno contém todos os nutrientes de que a criança necessita até os seus seis meses de vida, é de fácil digestão, e o que muito se fala no dito popular é sobre o seu aspecto “aguado”.

Mas calma, pois, essa é uma característica normal, portanto o leite materno está sempre em boas condições para o consumo da criança.

– Pouco leite: PARCIALMENTE MITO.

Quase todas as mães podem produzir leite em quantidade e de qualidade suficiente para o seu bebê, desde que elas queiram, sejam autoconfiantes em relação à sua capacidade de amamentar e que posicionem a criança corretamente durante a lactação. Então, o momento da amamentação deve ser tranquilo, gostoso, sem pressões e o mais importante é a forma que o bebe está fazendo a pega para a mamada. Se você ainda não achou a melhor, não tem problema. Pergunte ao pediatra, enfermeira de confiança que tudo se ajeita. Quanto mais amamentar, mais leite terá.

Lembrem-se sempre que a amamentação é um momento mágico de pura conexão e amor. Cada um tem a sua individualidade e aceita diferentes alimentos de formas únicas, então fique atento a qualquer dor ou desconforto no seu bebê e procure o seu pediatra e nutricionista de confiança para direcionamentos diagnosticados e individualizados.

Sigam as nossas dicas e até a próxima.

DANIELLE IKEMATSU

Nutricionista Clínica pela UNIFESP. Consultório Principal: R. Artur de Azevedo, 1212 – Pinheiros – São Paulo/SP. Fone: (11) 97235-9307. E-mail: [email protected].