Começou no dia 25 de agosto a 36ª edição da Expoflora, maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina. Situada em Holambra, a 129 quilômetros da capital de São Paulo, a festa celebra a chegada da primavera (22 de setembro) com chuva de pétalas, danças típicas, gastronomia requintada e muito da cultura holandesa tradicional na cidade. A festa, que vai até 24 de setembro e é uma das mais esperadas no Estado, é uma oportunidade para se conectar à natureza e acompanhar as tendências do mercado de flores e paisagismo.
Ao estilo de parques temáticos, carros alegóricos recheados de flores e plantas desfilam pela Expo sempre às 16h. Os visitantes percorrem atrás da fanfarra para o grand finale do dia: a chuva de pétalas. O espetáculo acontece pontualmente às 16h30, quando 150 quilos de pétalas de botões de rosas são jogados ao vento. A tradição da festa diz que aquele que pegar uma pétala no ar tem todos os seus desejos realizados.
Durante a Expoflora, os turistas podem percorrer pelos campos floridos e pontos turísticos de Holambra. O embarque é feito no próprio Centro da cidade, de onde os visitantes saem para conhecer a história do município e uma fazenda produtora de plantas e flores. Apesar de ser ofertada no mesmo recinto da festa, a organização do evento não recomenda que o passeio pela cidade seja feito no mesmo dia da visita à Expoflora, já que tornaria o passeio acelerado.
Outra atração na celebração das flores são as danças típicas. Cerca de 300 jovens entre 9 e 18 anos apresentam coreografias inspiradas na natureza, profissões, colheitas e até na história do povo holandês, representadas em marchas, valsas, xotes e mazurcas. A apresentação também tem horário – sempre às 14h30.
Culinária holandesa
A culinária típica holandesa é muito saborosa e faz sucesso no mundo inteiro. Os restaurantes típicos e as confeitarias instalados no parque da Expoflora oferecem o melhor da gastronomia dos Países Baixos, como o pannekoek (panquecas), eisbein (joelho de porco), batata holandesa, o vis holand (peixe holandês) nas versões vis en friet (peixe frito) e zure haring (feito com a sardinha fresca maturada), diny rosti (batata pré-cozida, ralada com bacon e especiarias e recheada com salsichões), festival stamppot (purês típicos acompanhando dois salsichões) e stamppot wortel (purê de batata com cenouras e carne de porco e molho de cerveja).
Como sobremesa ou nas confeitarias as sugestões são para os doces e bolachas, como o poffertjes (mini panquecas doces), spekulaas (bolacha feita a partir da mistura de especiarias, com acentuado gosto de canela), stroopwafel (waffel recheado com caramelo de melaço de cana), e vlaai de damasco (waffel recheado com damasco), entre outros.
Histórias gastronômicas
O croquete – kroketten – é uma invenção holandesa, introduzida nos Países Baixos no começo do século X. Ele é feito à base de carne de frango desfiada temperada com salsinha, cebola e limão. São muito comuns na Holanda, onde também são servidos como recheio em pãezinhos. Acompanhados por batatas fritas, formam a refeição rápida mais popular da Holanda.
Poffertjes (fofinhos) é um doce tradicional na Holanda, apreciado naquele país, pelo que se tem notícia, desde 1795. O poffertjes, na verdade, foi criado na França, de onde praticamente sumiu nos dias atuais. A receita vem da época de Napoleão, quando houve escassez de farinha de trigo e sobrava trigo sarraceno. Como os conventos faziam hóstias com água e trigo, as freiras começaram a experimentar receitas alternativas e, assim, surgiu o poffertjes. Nessa época, Napoleão dominou boa parte da Europa, inclusive a Holanda, e os cozinheiros de suas tropas e os mercadores vendiam os poffertjes e sua receita. Com o passar do tempo, a França esqueceu essa delícia e a Holanda acabou ficando famosa pelos docinhos. Na Holanda, os poffertjes são vendidos em pratinhos descartáveis, em banquinhas colocadas nas ruas. Trata-se de uma espécie de mini panqueca coberta com manteiga e açúcar (tradicional) ou com morango e chantilly.
Pannekoek (fala-se panecuque) está para os holandeses assim como a pizza para os brasileiros. Considerado um das receitas mais consumidas na Holanda, o prato, que pode ser brasileiramente explicado como: uma panqueca aberta com recheio incorporado à massa e gratinada com queijo gouda.
O stroopwafel originou-se na cidade de Gouda, na Holanda. Foi feito pela primeira vez no início de século XIX por um padeiro, com as sobras de diversas bolachas da produção (migalhas) adoçadas com caramelo. Atribui-se a invenção do stroopwafel ao padeiro Geraldo Kamphuisen, em 1810, ano em que abriu a sua padaria. No início do século XIX, havia cerca de 100 padarias que faziam o caramelo de waffle em Gouda, que foi a única cidade a produzir a bolacha até 1870. Depois dessa data, o biscoito também passou a ser feito em festas e nos mercados de outras cidades. No século XX, as fábricas começaram a produzir os stroopwafels, permitindo que esse tradicional biscoito holandês ganhasse o mundo. No entanto, até hoje, são produzidos artesanalmente em tradicionais feiras abertas de rua na Holanda e na Expoflora.
Como chegar
De carro pela rodovia dos Bandeirantes, siga até Campinas. Ao chegar no entroncamento com a rodovia Anhanguera (km 103), entre na rodovia D. Pedro I e siga até o km 134 (na placa está saída 134), onde entrará na SP-340, sentido Mogi Mirim.
Pela Anhanguera, siga viagem até o km 86 (na placa como saída 86) até indicar Mogi Mirim. Na rodovia SP-3470 (que liga Campinas a Mogi Mirim) haverá placas e indicação à Holambra.
Fonte: Reporter Diário e Expoflora
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