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Tudo o que você precisa saber sobre vinho seco

por | jan 7, 2019 | Bebidas, Colunistas, Enologia

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O vinho seco conquistou o paladar dos brasileiros por seu aroma e sabor mais “bruto”. Mas você realmente sabe tudo sobre o vinho seco? De acordo com a legislação brasileira, a classificação de vinhos é feita pelo seu teor de açúcar. Os vinhos podem ser classificados como seco, meio seco (ou demi-sec) e suave.

É importante lembrar que ao falar que o vinho é seco, não estamos falando de seu estado físico, mas sim da classificação, em relação ao teor de glicose, após o processo de fermentação, então nada de piadinhas sobre “vinho molhado”, ok?

A principal característica do vinho seco é a baixa quantidade de açúcar presente na bebida, um vinho só é considerado seco quando apresenta uma concentração de glicose de até quatro gramas por litro. Enquanto o meio seco possui um nível de açúcar entre quatro e vinte e cinco gramas por litro e o vinho suave mais de vinte e cinco gramas por litro.

A fermentação do vinho seco

Após esmagar as uvas, o processo de fermentação do vinho é iniciado e parte do açúcar das uvas é transformado em álcool pelas leveduras. Ao fim do processo, é possível encontrar apenas uma quantidade residual de açúcar. É esse teor de glicose que determinará a sua classificação.

Caso o vinho respeite o nível ideal de glicose, de até quatro gramas por litro, a bebida será classificada como seca. Ao produzir o vinho seco, não é adicionado nenhum açúcar extra, apenas os das uvas usadas na fermentação.

De família nobre, como a vitis vinífera, as uvas são exclusivamente viníferas, o que garante esse baixo teor de açúcar. Por mais que essas uvas sejam mais nobres, em comparação ao que é utilizado nos outros vinhos, esse não é fator determinante que difere o vinho seco e suave. O maior responsável pela diferença, entre os dois tipos de vinhos, é a quantidade de nível de açúcar resultante na elaboração das bebidas.


Vinho seco para todos os gostos

Para quem não tem muita familiaridade com o universo dos vinhos e só tem costume de bebê-los de vez em quando, pode ser difícil acostumar o paladar com os aromas e sabores particulares dos vinhos mais secos.

Diante disso, é aconselhável degustar vinhos secos dos estilos: Tintos Leves, Branco Frutado, Rosés Lights e Espumantes Frutados. Esses estilos oferecem bebidas secas, porém mais delicadas e fáceis de beber, sem notas enjoativas que mantêm a sofisticação e a qualidade características do vinho seco.

Por ser uma questão de paladar, é possível experimentar um vinho seco pela primeira vez e se identificar com o sabor logo de cara. Da mesma forma, é bastante comum alguém provar vinhos secos de diferentes estilos e demorar para se acostumar com o sabor característico do vinho seco.

Para apreciar o vinho seco, é necessário que a bebida tenha contato com áreas diferentes da boca para aguçar e diminuir notas características da bebida. A escolha da taça é fundamental para proporcionar o contato do líquido com todas as papilas gustativas distribuídas na boca e na língua. O formato da taça permite também um melhor aproveitamento do corpo da bebida, dos aromas e a manutenção da temperatura. Além de ser ideal a temperatura correta e uma adega de boa qualidade para armazenamento.

Agora que você já sabe tudo sobre o processo de fermentação do vinho seco, as suas características e até a melhor opção de vinho seco para paladares mais doces, é hora de apreciar uma boa taça do seu vinho favorito.

 

Gostou das dicas? Conta para a gente qual o tipo de vinho seco você prefere nos comentários!


Bruno Hermenegildo

BRUNO HERMENEGILDO

Sommelier International, formado pela FISAR. Membro da Confraria dos Sommeliers de São Paulo, a mais concorrida confraria profissional do Brasil.

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